diário de bordo

vendas da justiça

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qualquer assunto que diga respeito aos tempos que as crianças passam com os pais, quando estes são separados, é sempre difícil de falar. são assuntos sensíveis que mexem com dores pessoais (assuntos normalmente mal resolvidos do passado), acresce a isso nunca se saber bem, quem é (em termos de valores a pessoa que fala/escreve). de qualquer das formas, aqui vai, ou aqui fica escrito…

a percepção que tenho é que os tribunais de família mudaram radicalmente a sua postura de há uns anos para cá. tentando acompanhar o ritmo da sociedade, parece-me que mudou radicalmente, do 8 para o 80. será o meio termo tão difícil de encontrar? parece-me que sim….

há uns anos atrás, o pai era normalmente visto com desconfiança, como o vilão, o mal feitor que se aproveitava da situação para se escapar aos seus deveres enquanto pai, e quiçá mais qualquer coisinha.

actualmente a visão começou a centrar-se nas mães. pois é “miúdas” agora somos nós que estamos na ribalta! as mães são olhadas com desconfiança, enquanto mulheres ressabiadas que não veem o “meio para atingir os fins”, mesmo que esse meio sejam os próprios filhos…

parece que nesta coisa da justiça, centrando-me na família, é uma balança que está muito pouco equilibrada e facilmente balança entre extremos. (com duração de anos entre alterações – mas se considerarmos o tempo que a terra demorou a formar-se como a conhecemos, até que foi rápido…)

podíamos até pensar que, se os pais tiverem bom senso a questão do tribunal é apenas uma oficialização. pois é gente boa, mas o problema na sua génese, é esse mesmo, os próprios pais não têm bom senso e se nem os tribunais conseguem aplicar alguma mediação justa e são cegos perante o ser em particular, a impotência toma conta do resto.

não somos um rebanho, somos ovelhas é certo, mas não andamos em rebanho. haja alguma aplicação de justiça e imparcialidade e se os pais não cumprem o acordado (mãe ou pai) que sejam punidos por isso.

vamos tirar as vendas e nivelar a balança, sff

One thought on “vendas da justiça

  1. Olá, obrigada pelo comentário no meu post no 40 e tais. Vou estar aqui muito atenta à sua escrita. Beijo

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